Filatelia 4

COMO COLECIONAR

FILATELIA

  1. Introdução
  2. Histórico
  3. Como colecionar (Nesta página)
  4. Terminologia
  5. Formas de expor
  6. Estimativa de dispêndios
  7. Recomendações finais

Como Colecionar

Quem deseja iniciar uma coleção de selos, costumar ter muitas dúvidas. Algumas das perguntas frequentes são:

DEVO COLECIONAR SELOS NOVOS OU USADOS?
Este é um dilema que aflige todos aqueles que se iniciam na Filatelia.
Os selos novos são mais atraentes, não estão marcados pelo carimbo. Entretanto, são os selos usados que representam a verdadeira Filatelia Histórica, uma vez que já cumpriram a missão de portear cartas.
Então o que fazer? Pode-se colecionar tanto os selos novos – aqueles que não foram usados numa carta, isto é, sem carimbagem – quanto os selos usados – aqueles descolados das cartas ou nelas mantidos por levarem um carimbo especial.
Em geral, nas coleções, não se deve misturar selos novos e usados; somente se houver extrema necessidade ou os selos forem raros.
Se a escolha for por uma coleção de selos novos – que é, sem dúvida, menos trabalhosa – o Filatelista, além de um rigoroso cuidado no momento de manuseá-la, deve observar o seu custo e conservação.
Se a escolha for por uma coleção de selos usados, o Filatelista deve estar preparado para a constante busca e seleção das peças, pois selo usado não é, de forma alguma, sinônimo de selo sujo, amassado ou com defeitos. Para jovens que estão iniciando e com parcos recursos financeiros, esta é a melhor forma de começar.

O QUE PRECISO PARA COMEÇAR A COLECIONAR SELOS?
Eis alguns instrumentos indispensáveis para quem quer colecionar selos:

  • PINÇA FILATÉLICA: peça de metal leve, extremidades lisas. É utilizada para manipular os selos sem fazer pressão ou danificá-los.
  • LENTE DE AUMENTO: instrumento de grande importância usado para examinar pequenos detalhes, curiosidades, variedades, etc.
  • CHARNEIRA: pequena fita de papel gomado, transparente, que adere no verso do selo quando colado no álbum. Por ter um custo bem baixo e não danificar os selos usados, é altamente recomendável que as crianças às utilizem. Até porque envolve certa destreza manual.
  • BOLSA PROTETORA (tipo Hawid / Fila-Band / Maximaphil): protetor plástico de duas folhas, entre as quais se coloca o selo, sem necessidade de cola, preservando assim sua forma original. A bolsa é colada no álbum e o selo é encaixado na bolsa. Recomendável usar para selos novos com goma.
  • ÁLBUM: livro com folhas soltas de cartolina branca ou preta onde são colocados os selos por meio de charneira ou bolsa protetora. Com os recursos de um processador de textos e impressora, é fácil de se montar as folhas de um álbum. Deixe sua criatividade aparecer.
  • CLASSIFICADOR: livro com folhas fixas ou presas com argolas. Estas folhas podem vir atravessadas por tiras de papel tipo celofane, manteiga ou de plástico, ou ainda de outro material transparente, presas por três lados, deixando um, o superior, aberto, onde são colocados os selos. O classificador, ao contrário do álbum, destina-se a manter os selos soltos para que fiquem à disposição do colecionador que os estuda.
  • LIVROS. Ao longo do tempo e conforme a necessidade, o acesso aos catálogos e livros, tanto em papel como em midia, ajudam muito na montagem e organização da coleção. Um presente da FEBRAF para quem está iniciando se encontra no site da entidade: Curso de Filatelia para iniciantes.

É simples começar a colecionar selos. Os envelopes em bom estado devem ser conservados. Para os demais basta cortar cuidadosamente o envelope ao redor dos selos, descolar os selos em água, secá-los em papel absorvente, e, depois, guardá-los em classificadores. Quando há selos duplos, eles devem ser trocados com outros filatelistas.

O QUE DEVO COLECIONAR?
Tudo depende exclusivamente da vontade do colecionador. Devemos ter em mente que um hobby é algo que fazemos quando temos tempo e sentimos prazer no que estamos fazendo. Podemos também incluir em alguns casos, o desejo de conhecer mais sobre um determinado assunto e registrar esse conhecimento com imagens que estão nos selos. Pode agradar-lhe tal coleção porque reflete sua atividade profissional ou porque reflete suas ambições íntimas, o que gostaria de ter feito na vida. O interesse por uma planta, um animal, enfim, por um assunto, ajuda o filatelista a se decidir no momento da escolha de uma coleção. As crianças geralmente tem um animal de estimação, por exemplo um cachorrinho. Então começam a juntar selos com a imagem de um cachorrinho. Com o passar do tempo poderá restringir sua coleção para a raça de seu cachorrinho ou mistura de raças. Chegará um dia que gostaria de contar como é a vida do seu cachorrinho. Surge então um plano para a coleção, que com a ajuda dos selos e “assemelhados” vão contribuir para contar sua estória.
Os chamados “assemelhados” , são peças feitas e usadas normalmente pelo correio, tais como: aerogramas, bilhetes-postais, cartas-bilhete, cintas, etc.
Hoje os sistemas de colecionar se restringem a dois grandes grupos:TRADICIONAL (ou clássico): É o sistema mais difundido até mesmo por ser o mais antigo. Ele está caracterizado pelo colecionismo de selos baseado nos próprios selos, estudando-se os elementos constitutivos dos selos e assemelhados.

TEMÁTICO (ou moderno): Este sistema está baseado no estudo não mais no selo-como-selo mas no desenho do selo. Através dos desenhos e mensagens impressas será contada uma estória, obedecendo-se a um roteiro previamente elaborado.

POSSO OU NÃO INCLUIR ESTE SELO EM MINHA COLEÇÃO?
A Filatelia é cultura e arte. O Filatelista deve sempre procurar boas obras de arte para sua coleção. A perfeição é a meta que deve ser perseguida dentro das condições de cada Filatelista.
Assim, deve-se evitar a aquisição não só de selos defeituosos mas também das chamadas “emissões nocivas.”

Os selos são considerados “defeituosos” quando estão arranhados, furados, marcados, oxidados (“ferrugem”), amarrotados, cortados, rasgados, quebrados, faltando um pedaço, dobrados, manchados, desbotados devido à exposição solar ou contato com água ou com produtos químicos.
Para não serem chamados de “selos com defeito”, a picotagem deve ser autêntica e bem alinhada, enquanto a denteação – resultante da picotagem e mesmo confundida com ela – deve produzir selos com dentes uniformes e bem destacados. A falta de dente, ou quando este é curto, constitui defeito grave.

Sobre defeitos, devemos ter um pouco mais de atenção. Se o defeito tem origem na matriz do selo, por exemplo: Corbeio em vez de Correio, 500 em vez de 5,00, e ocorre em um ou mais selos nas folhas impressas, então esse defeito passa a ser chamado de “Variedade”.
Emissões Nocivas são aquelas emissões feitas de forma irregular ou não condizente com os padrões aceitos internacionalmente. São considerados dois grupos de emissões nocivas: as emissões condenadas e as emissões indesejáveis.
São emissões condenadas, por exemplo, aquelas que não são colocadas normal e integralmente à venda no correio do país emissor, ou, ainda, as que incluem algum valor vendido de forma especial ou as que são emitidas por particulares.
São emissões indesejáveis, por exemplo, aquelas com valores desnecessários ou valor facial muito elevado, aquelas impressas em material não tradicional ou que apresentam erros intencionais. Para saber mais acesse Emissões Nocivas.

COMO DEVO “ARRUMAR” A COLEÇÃO?
Se a coleção é clássica, os selos, de preferência, colocados em bolsas protetoras, devem ser arrumados em classificadores ou álbuns, por séries, em ordem cronológica, de acordo com a catalogação apresentada nos catálogos de selos. Neste tipo de coleção, costuma-se separar os selos dos “assemelhados”.
Se a coleção é temática, não há obediência aos critérios de seriação, ordem cronológica, divisão por países, nem os selos são separados dos assemelhados. Cada peça, desde que relacionada com o tema escolhido, é logo admitida e colecionada.

Para iniciantes, não importa a idade, recomendamos os sites do Dr. Roberto Aniche . Enquanto vamos coletando os selos e talvez já classificando (identificando eles com o número do catálogo), vamos estudando como melhor montar nossa coleção. É bom lembrar que certamente não teremos recursos e talvez nem tempo para conseguir todos os selos e peças para uma coleção. Assim começamos com uma coleção representativa e vamos ampliando aos poucos. Bom divertimento.

Sugestões de leitura e pesquisa

O Museu Postal Britânico tem um Blog muito bom para iniciantes. Entre lá e vais encontrar muitas dicas sobre como colecionar. Utilize o tradutor do próprio site para interagir.


Um certo olhar para a filatelia foi editado em duas versões: física e virtual. A segunda edição foi em 2006. Para ter acesso a versão em português do E-Book, clique aqui. Esta versão encontra-se no site : https://fep.up.pt/docentes/cpimenta/lazer/WebFilatelicamente/public_html/livro.html acesso em 18/04/2021


EXPOFAEF – No início do mês de novembro de 2020 aconteceu o lançamento da EXPOFAEF-JUVENEX-2020, como mostramos aqui no site em Notícias. Lá vamos encontrar uma gama variada de coleções que estão concorrendo a uma classificação. Clique aqui e de um passeio pela exposição. Quem sabe alguma delas te ajude a decidir o que colecionar e como organizar a coleção. Escolha três coleções que mais gostastes e verifique no Palmares qual foi a classificação.


Continuas com dúvidas sobre o que colecionar ou como colecionar?
Assista as Reuniões Virtuais que estão sendo anunciadas na página inicial deste site. A maioria já estão com link para o You Tube.

Veja o site da FEBRAF e acesse ou baixe o livro sobre o curso de Filatelia que foi realizado.


A partir de hoje (09/02/2023) também podes ter acesso ao ChatGPT gratuitamente e tirar suas dúvidas ou saber mais sobre determinado assunto.


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